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O Que Ocorre Quando Paro De Tomar Meu Remédio Da Tireoide?


É usual, em uma primeira consulta médica, ocorrer de o paciente sair sem todos os esclarecimentos necessários. Hoje muitos planos de saúde não garantem vagas de retorno no intervalo de 30 dias, as consultas são corridas, prejudicando o tempo para explicações e o paciente se sente abandonado diante de sua doença.

Atualmente as redes sociais têm importante papel na troca de informações entre pessoas que possuem a mesma doença, no entanto, nem todos os têm a facilidade de acesso à mesmas e a maioria dos médicos não as utiliza como forma de maior aproximação com o paciente. Por consequência, o doente acaba por abandonar o tratamento, diante da dificuldade de contato com o médico prescritor, vencimento da receita ou falta de informação.


Na endocrinologia, esse fato é comumente observado no tratamento do hipotireoidismo. Nunca deve o paciente tomar uma decisão sobre o seu tratamento sem antes consultar seu médico. Se a medicação acabou, entre em contato com a secretária, deixe recado, solicite encaixe, avalie se há necessidade de controle de receita nas farmácias, enfim, seja CO-RESPONSÁVEL pela sua doença e nunca abandone o tratamento sob a justificativa de que não estava se sentindo bem com a medicação ou que leu a bula e resolveu, por conta própria, deixar de fazer o uso da substancia indicada pelo seu médico ou, ainda, sob a alegação de que a receita venceu.


Creio que um dos fatores que mais contribui para a falta de adesão ao tratamento desta doença, que só aumenta em diagnósticos no Brasil, é a falta de compreensão de suas características pelo próprio paciente por ela acometido, isto é, a insuficiência de informações que os pacientes têm sobre a doença.


O hipotireoidismo pode se originar de várias causas, sendo que, no Brasil, a incidência mais comum é do hipotireoidismo de Hashimoto. Talvez você tenha hipotireoidismo de Hashimoto e não recebeu o diagnostico com esse nome pelo seu médico, que o chamou apenas de hipotireoidismo ou simplesmente hipo. Esta doença tem origem autoimune, ou seja, nosso corpo desenvolve imunidade contra a própria tireoide. Então, a glândula é atacada pelas células de defesa que nós mesmo criamos, causando inflamação e impedindo-a de funcionar normalmente.


A principal função da tireoide é formar hormônios que regulam nosso metabolismo, o nosso combustível. Uma vez doente, ou fraca, ela não produz os hormônios na quantidade necessária, ficando o nosso corpo sem o "combustível" necessário para o desenvolvimento de suas funções vitais, com metabolismo lento.


Não se conhece ainda a causa exata para o desenvolvimento dessa autoimunidade desenfreada e irregular, por isso o hipotireoidismo é tratado através da reposição do hormônio deficiente, sem combater a causa da doença, o que torna necessário o tratamento crônico, de longa data, ininterrupto e, muitas vezes, com a necessidade de acompanhamento para ajuste da dose da medicação prescrita.


Entendeu por que não podemos cessar o tratamento do hipotireoidismo? Ainda, vale destacar que, quando não tratado, o hipotireoidismo apresenta sintomas de lentidão do metabolismo, cuja evolução é progressiva e lenta, não acarretando, a princípio, risco de morte, porém se evoluir muito tempo sem tratamento, pode desenvolver um quadro muito grave, chamado coma mixedematoso.

Sintomas do hipotireoidismo


A doença do hipotireoidismo inicia-se com aumento da glândula, sem alterações da sua função, com produção das taxas normais dos hormônios, nesse período o tratamento pode ser ou não necessário, e cabe ao médico avaliar.




Com o passar do tempo, a tireoide vai deixando de produzir os hormônios e os sintomas vão surgindo, dentre os quais as expressões faciais tornam-se grosseiras, a voz rouca e a fala lenta, as pálpebras caem e os olhos e a face tornam-se inchados. Muitos indivíduos com hipotireoidismo tornam-se constipados e apresentam dificuldade de suportar o frio. Os cabelos tornam-se escassos, grossos e ressecados, a pele torna-se ressecada e espessa.


A frequência do pulso pode diminuir e a parte lateral dos pelos das sobrancelhas caem lentamente. Quando o hipotireoidismo está bastante evoluído e sem tratamento, sinais de anemia podem surgir nos exames laboratoriais, a temperatura do corpo baixa e insuficiência cardíaca pode aparecer. Essa condição pode evoluir mais ainda, para a confusão mental, estupor e coma (coma mixedematoso), uma complicação potencialmente letal na qual a respiração torna-se lenta, o indivíduo apresenta convulsões e o fluxo sanguíneo cerebral diminui.


Sendo uma doença de tratamento simples, dose única, ofertada pelo Sistema Único de Saúde, de rápida dosagem em laboratórios e de baixo perigo no uso continuado; uma vez acompanhada pelo seu médico, não há porque descuidar e cessar esse tratamento. Estão todos convencidos?



Dra. Lia Lima



Referencias:

OLIVEIRA, Fabiana Pereira Sabino de; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira. Adesão ao tratamento do hipotireoidismo congênito segundo relato de cuidadores. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 23, n. 1, p.19-28, jan./abr. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prc/v23n1/a04v23n1.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2013. <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722010000100004>.

https://bdtd.ufs.br//handle/tede/1062

http://www.manuaismsd.pt/?id=171&cn=1332&ss=

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Uma atuante no metabolismo funcional e low carb que tem o objetivo de utilizar e agregar a tecnologia como complemento do tratamento de pacientes com distúrbios metabólicos, prestar informações relevantes sobre as doenças metabólicas e propiciar um meio para compartilhamento de experiências no enfrentamento dessas doenças e incentiva-los na busca de qualidade de vida!

Dra Lia Lima

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