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O que Você Precisa Saber Sobre os Edulcorantes - Com Dra. Lia Lima



Antes de começar essa postagem vamos a determinação de nomenclatura, pois há muita confusão na literatura. Sem um bom esclarecimento prévio, pessoas de diferentes graus de conhecimento podem não entender bem o sentido dessa postagem.

ADOÇANTE NÃO É TUDO QUE ADOÇA!

Edulcorante significa tudo que edulcora, que adoça. Portanto, abrange todos os tipos de substancias com poder de adoçar, seja um carboidrato ou um álcool ou outra substancia. Ou seja, Edulcorante é tudo que adoça, e não adoçante!


A nomenclatura açúcar, na ciência, faz referência à classe de carboidratos com poder edulcorante. Portanto, os açucares não são apenas aquele composto que encontramos na cozinha, branquinho, mas pode abranger o mel e a frutose, que também são carboidratos.


O principal carboidrato do “açúcar” de cozinha é a sacarose, e é esse nome que vou chamar atenção de vocês.


Eu demorei para escrever essa postagem pois é difícil conseguir escrever sobre algo que constantemente, no mercado, se apresenta uma nova variável (e possível cilada), de uma nova substancia capaz de substituir os edulcorantes. Sempre que começo a escrever, vem um paciente com o nome de uma nova marca, com esperanças relacionadas a saúde e bem-estar.


Quando há o desejo de cessar o consumo da sacarose, a primeira ideia que o indivíduo apresenta é a de substituir por algo. O mercado sabe disso, pois é um público consumidor que só aumenta. Precisamos ficar bem atentos, se a substituição é uma condição apropriada para seu corpo.


A REDUÇÃO DOS EDULCORANTES:

Para quem faz a alimentação Low-Carb, uma das primeiras preocupações é a redução (quem sabe, até a retirada) dos açucares das comidas e bebidas.


Alguns conseguem retirar radicalmente e facilmente, outros não. Existe essa diferença entre o poder de “se livrar” dos edulcorantes porque os indivíduos foram expostos de maneiras diferentes a eles. Imagine só, por exemplo: um indivíduo que está na faixa dos cinquenta anos, manifestando o propósito de instituir a Low-carb, a fim de alcançar saúde, porém, essa pessoa se expos aos doces há meio século, diariamente, portanto, não parece uma jornada fácil retirar, de forma brutal, tal vício. Enquanto que uma pessoa mais jovem e que não foi incentivada ao excesso de consumo de açucares pelos pais, por exemplo, pode conseguir restringir os mesmo de forma mais rápida.


O fato é que a redução parcial ou total dos açucares, da dieta, culminam em alguma redução, e isso já o torna um low-carb, ou um pretendente, com um comportamento capaz de causar benefícios ao metabolismo do corpo.


DICA: Seja total ou parcial, siga seu progresso, e na velocidade do possível, vá reduzindo cada vez mais.


SUBSTITUTOS:



Uma das perguntas mais comuns, entre diabéticos e pessoas que buscam uma alimentação mais saudável (Low-Carb ou outra dieta) é: Qual o melhor substituto da sacarose?


Logo, o conceito de que o consumo excessivo de sacarose não faz bem à saúde é entendido, porém, muitas vezes, essas pessoas buscam substituir o edulcorante (no caso a sacarose), mas não sabem por qual. Deixemos claro que as grandes entidades de nutrição ainda não se posicionaram a favor dos efeitos deletérios da sacarose, seguem os artigos ao fim da postagem.


Eu costumo responder facilmente: não existe um substituto, no mercado, que garante apenas benefícios a saúde, no seu consumo. Afinal, todos possuem substancias adicionadas, apresentam um sabor não tão agradável quanto ao açúcar e, portanto, o ideal é não consumir nenhum. Além do que, um alimento deve ser saboreado com seu sabor verdadeiro e não alterado por outras substancias.


COMO FAZER? Deve existir uma proposta individual em querer, um dia, cessar o uso de qualquer influenciador do sabor (edulcorante). Querer também educar o paladar a sentir e gostar de novos sabores, possivelmente, na maioria das vezes, o sabor amargo.

Uma vez que existe essa proposta, aí sim, pode-se optar pelo o uso de outros substitutos do sabor, não a fim do ganho em saúde, mas sim como uma ferramenta a alcançar a retirada total dos edulcorantes, da sua rotina.

UMA NOTA, UMA BRIGA:


Um conceito está em conflito entre os profissionais que seguem os guidelines das entidades influenciadoras de uma alimentação saudável, que eu gostaria de tomar nota.

O último guideline da Appraisal of Guidelines for Research and Evaluation, 2ª edição (AGREE II), que saiu entre o fim de 2016 e início de 2017, ressalta que não há valores seguros sugerindo a redução da sacarose e que seu consumo não está relacionado a patologias. Alguns artigos, assinados por estudiosos, apontam que esses guidelines podem ter resultados não confiáveis (já era de se imaginar) e orienta que o consumo de sacarose deve ser reduzido. As referências de ambos os artigos estão no fim dessa postagem. Vocês já sabem meu posicionamento, não é?

Segue abaixo um resumo dos tipos dos edulcorantes para que você possa ter ideia do tamanho que essa postagem iria ficar se seu fosse explicar cada um.


OS EDULCORANTES:



Da classe dos Edulcorantes Naturais: são os elementos, com poder de adoçar, presentes em alimentos encontrados na natureza. Podem ter origem dos carboidratos, proteicos, glucosídicos e álcoois.


->De origem dos Carboidratos: Glicose, Sacarose, Frutose, Maltose (Mel, melaço, rapadura), Lactose.

Entre os tipos de sacarose: “Açúcar” refinado, “Açúcar” cristal, “Açúcar” mascavo, “Açúcar” orgânico, “Açúcar” light, “Açúcar” líquido, “Açúcar” de confeiteiro, “Açúcar” demerara e o “Açúcar” invertido. Tantos!


->De origem proteica: miraculina, a monelina e a taumatina.


->De origem de álcoois, os polióis: sorbitol, manitol, eritritol e xilitol.


->De origem glucosídica: (moléculas compostas de uma parte glucídica unida a outra não glucídica, chamada aglucona). Existe a estévia, e os menos utilizados no Brasil, a glicirrizina amoniacal, e o Lo Han Ko.


Da classe dos Adoçantes (Ingredientes Industriais):


Adoçantes artificiais: acessulfame-k, o aspartame, o L-açúcares, o ciclamato, a dihidrochalcona, a dulcina, a sacarina, a antioximina de perrillaldehido, o D-triptofano, e o ácido clorogênico.

Adoçante natural: recebe esse nome por sua origem ser a própria molecula de sacarose, alterada em laboratório, portanto não é natural, a sucralose.

Viu que não é tão simples assim?


Mas você já se perguntou porque então ainda existem esses produtos no mercado? Simplesmente porque a população não recebe a informação correta, está sem informação e compram os produtos. Se estão no mercado é porque vendem!


Mas afinal, adoço ou não? Leia mais aqui


Fiquem atentos, e re-pense!


Por hoje é isso, espero que gostem!


Muito Obrigada, Mil Beijos e Fiquem em Paz


Dra. Lia Lima


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Referencias:

DEVENPORT, L. UK sugar drinks tax: industry responde will determine benefits. Medscape. December, 16, 2016

Erickson J, Sadeghirad B, Lytvyn L, Slavin J, Johnston BC. The Scientific Basis of Guideline Recommendations on Sugar Intake: A Systematic Review. Ann Intern Med. 2017;166:257-267.

Schillinger D, Kearns C. Guidelines to Limit Added Sugar Intake: Junk Science or Junk Food?. Ann Intern Med. 2017;166:305-306.

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Uma atuante no metabolismo funcional e low carb que tem o objetivo de utilizar e agregar a tecnologia como complemento do tratamento de pacientes com distúrbios metabólicos, prestar informações relevantes sobre as doenças metabólicas e propiciar um meio para compartilhamento de experiências no enfrentamento dessas doenças e incentiva-los na busca de qualidade de vida!

Dra Lia Lima

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