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DIABETES: CÉLULAS BETA PANCREÁTICAS: QUEM SÃO E O QUE PODEMOS FAZER COM ELAS?

Essa postagem é um chamado para os pacientes com diabetes.


Mas será que todos os diabéticos sabem o que é células beta?


Acho que não, e na dúvida, é melhor começar pelos conceitos iniciais.


O nosso pâncreas é um órgão que cuida da digestão. A digestão oriunda do pâncreas pode ocorrer fora da corrente sanguínea, a digestão exógena (no intestino) e no interior da corrente sanguínea, a endógena. Para a digestão exógena, o pâncreas libera as enzimas pancreáticas. Para digestão endógena, há duas ilhas diferentes de células, com funções diferentes. As células betas pancreáticas se unem em forma de ilhas e produzem o hormônio insulina, as células alfas se unem em formato de ilhas e produzem e secretam o hormônio glucagon. Ambos os hormônios (insulina e glucagon) participam da digestão e quebra de moléculas de carboidratos, tendo ainda, outras funções.


Sabemos que o diabetes mellitus é uma doença que cursa com alteração das células betas pancreáticas apresentando insulina nenhuma ou insulina mal funcionante. É simplista, mas diabéticos tipo 1, não produzem a insulina pois as células betas são atacadas por anticorpos contra si (doença auto imune), nesse caso, necessitam repor a insulina. O diabetes tipo dois produz uma insulina que não funciona bem, então o pâncreas passa a produzir muita insulina para alcançar sua função, até o dia que entra em exaustão e não produzem mais insulina, nesse momento, é necessário fazer uso de insulina externa também.

Mas pensando que o problema não é a insulina, mas sim as células betas, que tal se pudéssemos formar novas células saudáveis? O nome dado para isso é “reprogramação” e os estudos estão caminhando nesse sentido.


Desde 2008, foi descoberto como modificar os genes de células pancreáticas a favor de produzir novas células betas e reverter o diabetes. Porém, em humanos, ainda não foram realizados esses testes e existem dúvidas dos efeitos, da potência e da duração dessa reprogramação.


Curiosamente, uma medicação utilizada no tratamento de malária: a artemisina parece estimular a formação de novas células betas. Em ratos diabéticos, ela consegue reverter a hiperglicemia e seu efeito, promovendo o aumento de uma proteína chamada: “gephiryn” que atua influenciando o gene responsável pelos neurotransmissores GABA. Conectando esses achados e relacionando-as, fizeram a administração de GABA em ratos diabéticos, que também apresentaram controle da hiperglicemia pela regeneração de células betas, isso não é o máximo?


Mas alguns questionamentos ainda pairam no ar: será que os humanos responderão igualmente a ratos? Existirá efeitos negativos em outros órgãos? E se esse estimulo de células for indutor de câncer? Por quanto tempo essa reprogramação durará? Espero que possamos esclarecer esses questionamentos o quanto antes, não?



E atenção: se você quiser saber tudo e mais um pouco sobre esse assunto tão importante, que é a diabetes, baixe gratuitamente meu e-book sobre o assunto, clicando no link a seguir AQUI



Um beijo e fiquem com Deus,

Dra. Lia Lima


Zhou Q, Brown J, Kanarek A, et al. In vivo reprograminming if adult pancreatic exocrine cells to beta-cells. Nature. 2008; 455:627-632. Abstract.

Li J, Casteets T, et al. Astemisinins target GABA-A receptor signaling and impair alpha cell identity. Cell. 2017. 168:86.

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Uma atuante no metabolismo funcional e low carb que tem o objetivo de utilizar e agregar a tecnologia como complemento do tratamento de pacientes com distúrbios metabólicos, prestar informações relevantes sobre as doenças metabólicas e propiciar um meio para compartilhamento de experiências no enfrentamento dessas doenças e incentiva-los na busca de qualidade de vida!

Dra Lia Lima

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