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Qual Seu Tipo de Diabetes? Parte 2


QUAL SEU TIPO DE DIABETES? PARTE 2

O conteúdo dessa publicação é a continuação da classificação de diabetes e falar de tipos de diabetes parece ser um assunto comum e pouco relevante. Acredite ou não, a maioria dos diabéticos não sabem o tipo de diabetes que possuem e saber disso faz uma grande diferença no tratamento! Aqui estaremos descrevendo com mais detalhes o diabetes tipo 2 que também é o mais prevalente. O diabetes do tipo 1 foi melhor descrita na parte 1 desse tema.


ATENÇÃO! Se você possui diabetes é essencial que você saiba a sua classificação, pois ela pode se desenvolver de maneiras diferentes (mecanismos) e por isso, existem tratamentos diferentes. Deixar o paciente ciente do tipo de diabetes é oferecer a possibilidade do dele conhecer e participar ativamente do tratamento.


É SIMPLES! De forma simplista o diabetes é classificado em quatro tipos:

1- Diabetes mellitus tipo 1 (DMT1),

2- Diabetes mellitus tipo 2 (DMT2),

3-Diabetes Gestacional e

4-Outros: os outros tipos de diabetes são: diabetes monogênica, diabetes induzida, etc e que são menos frequentes.


SÃO IGUAIS, MAS SÃO DIFERENTES! 🤷‍♀️🤷‍♀️Apesar de existirem tipos diferentes de diabetes, todos elas possuem algo em comum: hiperglicemia (aumento da glicose na corrente sanguínea).


O aprendizado até agora é: para ser diabetes, independentemente do tipo, é necessário ter hiperglicemia! A hiperglicemia pode ser desencadeada por várias maneiras, e é por isso que existem vários tipos de diabetes, pois o que é comum entre eles é que em todos os casos existe a hiperglicemia.


O diagnóstico de diabetes é dado com registro de hiperglicemia que pode ser feita pela glicemia de jejum ou pela Hemoglobina Glicada. Para entender o que é a Hemoglobina Glicada, clique Aqui.


DIABETES TIPO 1 (DMT1) já foi bem descrita na postagem anterior. Como também foi descrito um pouco sobre a INSULINA. Saiba mais sobre a Insulina, na postagem, clicando aqui.


DIABETES TIPO 2 ocorre devido a um processo de incapacidade de ação da insulina, ou seja, o pâncreas é capaz de produzir insulina, no entanto, o funcionamento da insulina está prejudicado, exigindo que o pâncreas produza insulina além do habitual, para resultar no controle da glicose.

O paciente antes de desenvolver a hiperglicemia permanece muitos anos com aumento apenas da insulina (hiperinsulinemia), e ao longo do tempo, o organismo perde a capacidade da insulina em controlar a glicose, mesmo que em hiperinsulinemia, levando a hiperglicemia, recebendo enfim o diagnóstico de diabetes.

Apesar da hiperinsulinemia que é observada do DMT2, sabe-se que ao diagnóstico, há perda de função em cerca da metade das células produtoras de insulina do pâncreas.

Em resumo: no DMT2 encontramos um pâncreas com redução de função, mas com excesso de produção, com excesso de insulina, com excesso de glicose na corrente sanguínea e com resistência à insulina.

RESISTÊNCIA A INSULINA.




No início de DMT2 as pessoas possuem hiperglicemia, com aumento da insulina. Os receptores de insulina dessas pessoas não funcionam adequadamente, de forma que essa alteração recebe o nome de resistência à insulina. Gosto de fazer analogia, por que se torna mais fácil o entendimento.

A ESTAÇÃO DE METRÔ E A RESISTÊNCIA A INSULINA. Imagine a estação de metrô em horário de maior lotação de pessoas. Sabendo que é necessário de ajuda para que todas as pessoas possam usar o vagão do metrô, sem anarquia, imagine que em cada porta de vagão possui um policial, ajudando as pessoas na entrada do trem. A porta do vagão é o receptor de glicose, a glicose são as pessoas e os policiais são a insulina. Se tudo funcionasse em ordem (sem doença), as pessoas fazem uma fila, respeitam o policial e entram no vagão, chegando ao seu destino final. Quando há alguma desordem (doença), as pessoas acumulam-se ( e acúmulo de glicose = hiperglicemia). No diabetes tipo 2 a desordem ocorre na porta do vagão (o receptor de glicose), nesse caso, a porta do vagão não abre o suficiente, promovendo uma resistência em permitir que a quantidade correta de entrada de pessoas no vagão ocorra. Sendo assim, uma alternativa é pedir reforços com mais policiais (o pâncreas produz mais insulina), mas que de nada adianta, uma vez a quantidade de pessoas que tentam entrar no vagão é a mesma, permanecendo o problema, que está na porta do vagão, gerando excesso de pessoas além do suportável na estação de metrô.

SINAIS E SINTOMAS DE DMT2. O diabetes tipo 1 costuma manifestar sintomas por que a falta de insulina causa sensações expressivas. No caso do diabetes tipo 2, que a insulina se encontra elevada, os sintomas são pouco percebidos, a menos que o excesso de glicose seja muito elevada.


O excesso de glicose (hiperglicemia) pode aumentar da frequência em urinar, sede em excesso, confusão mental, lentidão nos pensamentos, turvação visual, dores musculares, sensações de formigamentos ou queimação de mãos e pés, entre outros.


TENHO DIABETES E NÃO SINTO NADA! Importante lembrar que na grande maioria das pessoas com diabetes tipo 2, mesmo que com hiperglicemia, o principal sintoma é: NENHUM!



É aí que mora o perigo, pois enquanto as pessoas não estão sendo incomodadas, é dada pouca importância e é por isso que apenas a metade da população com diabetes sabe que está com diabetes, como aqueles que possuem a doença, apenas um em cada quatro diabéticos estão com o tratamento adequado.


DMT1 COM GENÉTICA X DMT2 COM AMBIENTE. Na postagem passada muito se falou da influência da genética no DMT1. No caso do DMT2 o fator mais importante para desencadear a doença são os hábitos de vida. Claro que a genética é importante para o DMT2, mas recebe menor impacto, da mesma maneira que o ambiente impacta menos no DMT1. O diabetes tipo 2 está muito associada com obesidade, sendo assim, alguns quando o indivíduo possui obesidade e diabetes, chamam de diabesidade.



TODO DMT2 PRECISA DE MEDICAÇÕES? Exercícios físicos regulares, alimentação com menor quantidade, redução de excesso de açucares na alimentação, redução de peso, ajuste do sono, são todos fatores que ajudam e adiam o processo de resistência à insulina.

Há pessoas que conseguem controlar a hiperglicemia com mudança de estilo de vida, porém, o mais difícil é garantir que essa pessoa permaneça com essas mudanças para o resto de sua vida. Dessa forma, a primeira mudança que deve ocorrer na vida de alguém que apresenta resistência à insulina, ou mesmo diabetes, é mudar os hábitos. Com esse comportamento, muitas vezes não há necessidade de medicações.


TRATAMENTO DMT2. Uma vez que o pâncreas produz insulina no DMT2, o tratamento consiste em medicações orais, que tentam auxiliar o funcionamento da insulina.


INSULINA NO DMT2. Em alguns casos em que a glicose encontra-se excessivamente elevada (por exemplo ao descobrir a diabetes), o uso de insulina por um período pequeno pode ser uma alternativa para permitir que o pâncreas se recupere para retomar ao tratamento com medicações orais.

Uma segunda situação em que há necessidade de uso de insulina, nos casos de DMT2, é quando há muitos anos de doença e o pâncreas passou por muitos anos produzindo insulina em excesso, sem sucesso no controle da glicose, perdeu sua capacidade em produzir insulina. Nesse caso, as medicações já não fornecem bom controle da glicose, sendo necessário repor insulina. 💉💉💉

REMÉDIOS PARA DIABETES, EXISTEM MUITAS OPÇÕES

Se você só conhecia a insulina, metformina e a gliclazida ou glibenclamida, fornecidas pelo SUS, saiba que existem muitas outras novas e boas classes de medicações, como os inibidores de sglt2, análogos de glp1, inibidores de dpp4, além de novas insulinas. Medicações mais antigas como as tiazolidinedionas (pioglitazona) e acarbose também fazem parte desse arsenal, não deixe de conversar sobre essas opções com seu médico.


Esperamos que tenham gostado dessa postagem, da qual participa o Dr. Marcio Krakauer, endocrinologista coordenador do Departamento de tecnologia, saúde digital e telemedicina da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), a ADIABC (Associação de Diabetes do ABC) e a Liga de Diabetes da Faculdade de Medicina do ABC.


Se você tem diabetes tipo 2, não deixa de contar pra nós e para as pessoas que estão lendo, como foi o seu diagnóstico! Também não deixa de compartilhar essa postagem para aquelas pessoas que sofrem de diabetes!!!🤓🤓🤓


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Uma atuante no metabolismo funcional e low carb que tem o objetivo de utilizar e agregar a tecnologia como complemento do tratamento de pacientes com distúrbios metabólicos, prestar informações relevantes sobre as doenças metabólicas e propiciar um meio para compartilhamento de experiências no enfrentamento dessas doenças e incentiva-los na busca de qualidade de vida!

Dra Lia Lima

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