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Quem usa Bomba de Insulina no Diabetes pode Fazer Low Carb?

DIABETES, BOMBA DE INSULINA E LOW CARB.

Uso de insulina é um assunto bem polêmico aos adeptos a dieta low carb, em que a ingesta de carboidratos é reduzida.

O assunto se torna mais complexo quando esse estilo alimentar envolve diabéticos, especialmente naqueles que fazem uso de insulina, ou que usam a bomba de insulina no tratamento do diabetes.

Na postagem de hoje vamos um breve resumo de todas as situações acima e desmistificar alguns conceitos.

O QUE É DIETA LOW CARB?

A low carb é bem mais um estilo de vida que um estilo alimentar em si. Apesar de ser um estilo de vida, é popularmente conhecido como "dieta low carb".


Resumidamente, a low carb é uma forma de viver, na qual o praticante consome alimentos com restrição de carboidratos e aumenta da ingesta de gorduras, através de escolhas inteligentes e conscientes.


" De nada adianta praticar redução de carboidratos sem saber quais deles deve restringir, quais deve priorizar, quanto deve ingerir, quais horários consumir. Saber o por que e pra que necessita-se de todos os nutrientes, quem são eles e quais os melhores."

Além disso é indicado que a escolha alimentar seja associada com bons hábitos de vida, uma vez que o objetivo é a conquista e manutenção de mais saúde, além da perda de peso.


Exercícios físicos regulares, pratica de sono higiênica, cessar tabaco e pratica do jejum intermitente são comportamentos que são indispensáveis para quem busca a low carb.


No quesito alimentação, a dieta low carb baseia-se na redução de ingesta de carboidratos (entre 50 a 150 gramas de carboidratos em 24 horas), como aumenta a ingesta de gorduras. Ou seja, low carb não é zero carb (ou no carb) tema que confunde muitos curiosos e iniciantes. Dietas de muita restrição de carboidratos são chamadas de dieta very low carb ou dieta cetogênica, que é um assunto diferente dessa postagem.


Caso você esteja interessado em praticar a low carb, inicie contando quantas gramas você consome em média de carboidratos ao dia. Existem vários aplicativos que auxiliam essa contagem, sendo os mais famosos: FatSecret ou MyFitnessPal.


São preferidos os carboidratos complexos, restrição de industrializados e aumento da ingesta de gordura insaturadas (como azeite de oliva, abacate, oleaginosas) e com moderação, (também permitida) as gorduras saturadas (como banha de porco, queijos, manteiga e coco).


Até o momento, não existe uma dieta específica que seja a ideal para toda população mundial, de forma que a melhor dieta é aquela que busque restringir industriais, ingerir comida de verdade e que seja sustentável, a longo prazo, para uma pessoa (respeitando seus hábitos, escolhas e crenças).


"Dessa forma, a low carb traz muitos benefícios, mas não é única maneira de ser saudável!"

POR QUE A LOW CARB É TÃO FAMOSA?


As doenças crônicas não infecciosas como diabetes e síndrome metabólica são uma das doenças as que mais causam morte na população adulta.


A dieta low carb, cujo habito alimentar é (além de outros) restringir carboidratos, muito auxilia no controle dessas doenças pois ela acarreta a perda de peso e melhora da função da insulina, como menor necessidade de insulina.


Leia mais sobre a insulina e resistência à insulina nas postagens anteriores, clicando Aqui.


A dieta low carb, por aumento do consumo de gorduras e menor ingesta de carboidratos, acarreta e maior saciedade e auxilia nos hábitos compulsivos, no controle da fome e manutenção de peso.


Portanto, faz sentido que uma dieta que além de reduzir peso, mantem o indivíduo saciado, controla como previne doenças seja famosa! Caso queira saber mais sobre a Low Carb clique Aqui!

DIABETES, USO DE INSULINA E LOWCARB

Cada vez mais se estuda sobre os malefícios causados pelo excesso de insulina (e sua resistência) no corpo como: desenvolvimento de obesidade, diabetes, canceres entre outros. Dessa forma, a escolha da dieta low carb, visando reduzir a produção e uso de insulina endógena (própria do corpo), é uma alternativa inteligente!!🤓

No entanto, pouco se fala disso, mas na ausência de insulina, também não há vida!

Como todo bom hormônio na endocrinologia, a insulina deve permanecer em uma faixa sem excesso e sem falta.


Existem situações na história da doença diabetes, cuja necessidade de reposição de insulina se faz necessária. O diabetes tipo 1, por exemplo, são indivíduos que não produzem insulina derivado da imunidade adquirida contra as células produtoras de insulina, e sem ele, não havia vida.


Em 2020 a insulina completa 100 anos de descoberta, sendo um marco no controle de diabetes, uma vez que a expectativa de vida em diabéticos tipo 1 era muito pequena, e que foi aumentada significantemente, após a descoberta e uso de insulina nessas pessoas.


A insulina tem inúmeras funções, sendo uma delas o controle dos carboidratos do corpo humano. A low carb se apresenta com menor ingesta de carboidratos, sendo assim, o praticante necessitaria de menos insulina endógena (produzida pelo pâncreas), e naqueles que usam insulina exógena (farmacológica e artificial) necessitam reduzir as doses e isso se observa na pratica clínica.

Os indivíduos que fazem reposição de insulina exógena para o tratamento de diabetes costumam ganhar peso e as vezes, pode ser uma desvantagem, e a redução de doses é um benefício.


Dessa forma é importante identificar aqueles pacientes cuja a lowcarb pode proporcionar prevenção de diabetes, como proteção da progressão do diabetes, por necessitar de menor produção e secreção de insulina endógena, como identificar aqueles pacientes que já necessitam de doses de insulina exógena (farmacológica), mas que podem se beneficiar de menores doses com a prática da lowcarb.

BOMBA DE INSULINA E LOWCARB

A bomba de insulina é uma forma de fornecimento de insulina exógena, indicado para aqueles pacientes que necessitam repor esse hormônio, através de um dispositivo. Leia mais sobre a bomba de insulina na postagem Aqui.


Os indivíduos que usam bomba de insulina precisam fornecer para a bomba a informação de quantas gramas de carboidratos está sendo ingerida, para que a bomba, através de uma configuração realizada pelos médicos, calcule a quantidade de insulina que será fornecida para aquela pessoa.


Dessa forma é comum que a pessoa que faz uso de bomba de insulina sinta-se livre para praticar os diferentes estilos alimentares, uma vez que se quiser consumir mais carboidratos, mais insulina será fornecida e caso queira restringir carboidratos, o fornecimento de insulina pode ser reduzido.


A bomba de insulina funciona fornecendo insulina de duas formas diferentes. Ela fornece insulina em pequenas doses, durante 24 horas, chamada de basal (que não é muito influenciada pelos carboidratos da dieta), como fornece a insulina em maiores doses durante as principais refeições e que varia de acordo com a quantidade de carboidratos ingerida, chamada de bolus.


Dessa forma, aqueles que programam a dieta lowcarb, costumam reduzir a necessidade de insulina bolus da bomba, e o uso de menores de insulina pode ser uma vantagem.


Atenção! No entanto o que muitos não sabem é que a assim como a insulina é essencial para a vida, a glicose também é essencial para a vida.

Portanto, se o individuo consome pouco carboidratos e não significa que ele não irá fornecer glicose para organismo.



A natureza humana é tão inteligente que em caso de falta de fornecimento de carboidratos suficiente para manutenção da “glicose no sangue”, haverá transformação de glicose através dos outros nutrientes também (proteínas e gorduras).

O que a maioria da população pensa é que se não consome carboidratos, não haverá aumento de glicose e isso é um grande erro e muito perigoso!


Quando o indivíduo consome um prato lowcarb ou até very low carb como por exemplo: salada com proteína ele usualmente pensa que não precisa da insulina. Isso de fato é verdadeiro por que a quantidade de 1 unidade de insulina só deve ser aplicada caso ele consuma em média 10 -15g de carboidratos naquela refeição. Um prato de salada com proteína não costuma ter 10g de carboidratos, então não se faz necessário fornecer insulina, de fato. Caso ele faça uma medida de glicemia 2 horas após a refeição, muitas vezes a glicemia está dentro da meta.

No entanto, o indivíduo desconhece que a proteína, como a gordura se transforma em glicose, sendo em velocidade mais lenta que os carboidratos.


Quando o indivíduo faz dieta tradicional para o diabetes, cuja quantidade de carboidratos suprem cerca de 60% do total de caloria da dieta (gira em torno de 200 a 400g de carboidratos dia) é orientado que ele faça a medida da glicemia 2 horas após comer, tempo que os carboidratos foram transformados em glicose e esta direcionada para dentro das células.

Para os praticantes de lowcarb e que fazem uso de reposição de insulina através da bomba ou por canetas, devem medir a glicemia cerca de 3 a 4h após a refeição, tempo que as proteínas e gorduras são transformadas em glicose. O que ocorre é que pouco se divulga essa informação, e os praticantes de lowcarb e que usam insulina iniciam a restrição de carboidratos sem saber dessas informações, podendo causar risco.


"É muito importante o acompanhamento médico e nutricional das pessoas que usam insulina para tratamento de diabetes, seja por canetas ou bombas, pois o estilo alimentar diferente do tradicional exige orientação e responsabilidade!"


Existem inúmeros benefícios da lowcarb, mas se feita sem informação, ela também pode trazer risco na população usuária de insulina, pois eles podem apresentar hiperglicemia 3 a 4 horas após consumir proteínas e gorduras, não medir, não fazer a correção da glicemia com insulina, podendo apresentar hiperglicemia mantida com fornecimento de pouca insulina e evoluir para cetoacidose diabética, que é uma situação grave. Pode também apresentar hipoglicemia assintomáticas, por necessitar de menores doses de insulina, sendo importante as medições frequentes até que os ajustes das doses de medicações sejam realizadas para segurança e manutenção da vida.

ATENÇÃO BOMBA DE INSULINA E LOWCARB

A lowcarb mantem a glicemia mais estável (com menor variabilidade), necessita de menores doses de insulina ao dia (reduz os riscos do excesso de insulina), mas apresenta um comportamento diferente do habitual, de forma que os praticantes desse estilo de vida devem sempre comunicar seus médicos sobre essas escolhas alimentares, como deve ser fiel as orientações médicas para obter os benefícios da lowcarb, sem apresentar os riscos, por falta de orientação!

A bomba de insulina possui uma configuração chamada de onda dupla (escreve essa parte aqui M)
















Esperamos que tenham gostado dessa postagem, da qual participa o Dr. Marcio Krakauer, endocrinologista coordenador do Departamento de tecnologia, saúde digital e telemedicina da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), a ADIABC (Associação de Diabetes do ABC) e a Liga de Diabetes da Faculdade de Medicina do ABC.


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Uma atuante no metabolismo funcional e low carb que tem o objetivo de utilizar e agregar a tecnologia como complemento do tratamento de pacientes com distúrbios metabólicos, prestar informações relevantes sobre as doenças metabólicas e propiciar um meio para compartilhamento de experiências no enfrentamento dessas doenças e incentiva-los na busca de qualidade de vida!

Dra Lia Lima

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