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Hipoglicemia em Não Diabéticos e em Bariátricos


HIPOGLICEMIA EM BARIÁTRICOS EM EM PESSOAS NÃO DIABÉTICAS


Hipoglicemia é uma anormalidade muito abordada em pessoas com diabetes, especialmente naquelas que usam insulina. Entretanto a presença de sintomas de hipoglicemia e a dúvida se apresenta essa condição é assunto frequente em consulta médica, em pessoas que não estão com diabetes e especialmente entre os bariátricos.


Pouco se sabe o real motivo para desenvolver hipoglicemia em pessoas que realizaram cirurgia bariátrica e algumas suposições serão discutidas nessa postagem. Já entre as pessoas aparentemente saudáveis e sem cirurgia bariátrica, os prováveis motivos são derivados do uso irregular de medicações, especialmente em formulações, para emagrecimento, caracterizando a hipoglicemia factícia.


COMO REGISTRAR UM EPISÓDIO DE HIPOGLICEMIA?


Em tese, a primeira medida a se fazer é confirmar se existe ou não a hipoglicemia. Ela é confirmada com a presença da tríade de Whipple, que seria:


1- Presença de sinais e sintomas de hipoglicemia (tremor, palpitação, irritabilidade, sudorese, fome, sonolência, fadiga, confusão mental, calafrios, vista turva);


2- glicemia sanguínea baixa (não capilar (a de ponta de dedo) e nem a glicemia intersticial (por meio de sensores de glicose)).

Definida como glicemia menor que 55 mg/dl com sintomas ou menor que 45 mg/dl sem sintomas) e melhora dos sintomas com o aumento da glicemia;



3- Melhora desses sintomas com ingesta de carboidratos (alimentos rico em açucares), pois sim, a hipoglicemia causa uma fome intensa, uma manobra de proteção à vida que o corpo promove.



Atenção e lembre-se: não basta ter o valor de glicemia baixo, pois é necessário apresentar os sintomas desconfortáveis da hipoglicemia e reverter com ingesta de alimentos ricos em carboidratos.


Atenção: Pessoas de baixo peso, crianças ou aqueles habituados à jejuns prolongados, com glicemia reduzida e sem sintomas, é considerado normal.


Atenção: Os sinais e sintomas da hipoglicemia são inespecíficos, o que pode dificultar e até confundir o diagnóstico. Dessa maneira, no diagnóstico diferencial devem ser consideradas condições como ansiedade, estresse, síndrome depressiva e epilepsia, que pode vir associado de uma hipoglicemia reativa a essa doença de base.


Somente se confirmado a tríade de Wippple (e excluído as causas mentais) é que deve seguir a investigação, através de exames laboratoriais, de imagens e alguns testes de difícil realização. A mudança alimentar com aumento de ingesta de fibras e redução de carboidratos simples na dieta é algo que já poderia ser feito antes mesmo de confirmar a dúvida. Uma nutricionista pode ajudar a já inciar a dieta Low Carb.

QUAIS AS POSSÍVEIS CAUSAS?


Na investigação das causas, deve-se inicialmente discutir sobre o uso de fármacos (medicações) pois elas são responsáveis pela principal causa de hipoglicemia. Outras causas devem ser investigadas, e entre as doenças deve-se afastar a insuficiência renal e hepática, desnutrição e deficiências hormonais (insuficiência adrenal e de GH principalmente), por isso que tantos exames laboratoriais são solicitados. Entre os bariátricos, deve-se primeiro garantir a boa nutrição vitamínica para dar seguimento a investigação de hipoglicemia.


Atenção: É importante lembrar que bariátricos costumam apresentar hipoglicemias, porém assintomáticas e somente em casos mais graves e esporádicos que os sintomas surgem, levando o paciente buscar atendimento médico por isso.


Já entre os indivíduos aparentemente saudáveis, as principais causas são: insulinoma, hipoglicemia factícia, autoimune e hipoglicemia hiperinsulinêmica pancreatogênica não insulinoma (NIPHS) idiopática ou pós-bariátrica.


O insulinoma e a NIPHS se caracterizam por hipoglicemia hiperinsulinêmica, ou seja, hipoglicemia com aumento se produção de insulina.

O insulinoma (que é um tumor produtor de insulina) geralmente manifesta a hipoglicemia em jejum (hipoglicemia pós-absortiva) e a NIPHS em geral com hipoglicemia pós-prandial, ou seja, um período tardio após comer, em até 2 horas após.

COMO SEPARAR OS SINTOMAS DE DUMPING DE HIPOGLICEMIA APÓS BARIÁTRICA?


Os sintomas dumping e hipoglicemia são semelhantes, que se apresenta com intenso mal estar, tremores, calafrios, tonturas, sensação de desmaios e eventualmente e exclusivamente do dumping pode acompanhar de episódios diarreicos.


A principal diferença é que o dumping se manifesta imediatamente após comer alimentos ricos em carboidratos, efeito contrário da hipoglicemia. A hipoglicemia na bariátrica é do tipo NIPHS e geralmente cursa com hipoglicemia em até 2 horas após se alimentar, e melhora com a ingesta de carboidratos.


Em geral a hipoglicemia após a cirurgia é uma manifestação tardia, que inicia-se anos após o procedimento, diferente do dumping que pode ocorre já nos primeiros dias após a cirurgia.

QUAL A CAUSA DE HIPOGLICEMIA EM BARIÁTRICOS?

Ainda não há uma explicação profunda do que desencadeia a hipoglicemia em pessoas que fizeram a cirurgia bariátrica. Na análise histopatológica do pâncreas dessas pessoas foi observada aumento da quantidade e do tamanho das células pancreáticas, fazendo com que os bariátricos secretem mais insulina que o real necessário naquela refeição.


Existem tratamentos medicamentosos para hipoglicemia em bariátricos, e até a reversão da cirurgia é uma possível indicação, em casos graves ou não responsivos ao tratamento clínico.

O DIAGNÓSTICO DE HIPOGLICEMIA


A avaliação diagnóstica para hipoglicemia deve ser iniciada com o teste do jejum prolongado, pois é obrigatório excluir insulinoma, aquele em que a hipoglicemia ocorre no jejum.


O teste do jejum prolongado inicia-se com dosagem de glicemia, insulina, pró-insulina e peptídeo C em dois momentos: no tempo basal (tempo zero, aquele que iniciou o teste) e no momento em o teste for interrompido.

Realiza-se a monitorização de glicemia capilar durante todo o teste e é permitida a ingestão de água. O teste é interrompido quando há glicemia capilar baixa ou completadas 72h sem presença de hipoglicemia. Dois terços dos pacientes com insulinoma fazem a tríade de Whipple nas primeiras 24h de jejum.


Se a suspeita for de hipoglicemia pós-prandial, deve-se realizar o teste da refeição mista, iniciado após 12h de jejum com uma refeição similar àquela que o paciente refere causar hipoglicemia. É realizada a coleta basal e a cada 30min até 300min (5h) para dosagem de glicemia, insulina, pró-insulina e peptídeo C. O teste é interrompido se glicemia capilar baixa.


Espero que tenha gostado dessa postagem, pois tenho muitos pacientes em tratamento para essa condição. Se você passa pela mesma situação ou se tem alguma dúvida, não deixa de comentar!


Entre em contato com a nossa equipe de bariátrica para maiores informações, abaixoDra. Lia Lima e Equipe de Bariátrica - Contato 11 - 975779922.

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Uma atuante no metabolismo funcional e low carb que tem o objetivo de utilizar e agregar a tecnologia como complemento do tratamento de pacientes com distúrbios metabólicos, prestar informações relevantes sobre as doenças metabólicas e propiciar um meio para compartilhamento de experiências no enfrentamento dessas doenças e incentiva-los na busca de qualidade de vida!

Dra Lia Lima

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