Faça Uma Dieta Regular De Música- Com Dra. Lia Lima
O QUE É SAÚDE?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente como a ausência de afecções e enfermidades.
Dentro desse mesmo contexto, sendo que mais profundo talvez, Dr. Lair Ribeiro, cardiologista, escritor e nutrólogo, cita que:
“Não ser doente não é a mesma coisa que ser sadio. Ser sadio é ter energia suficiente para implementar tudo aquilo que você tem na cabeça”.
Para obter tais resultados de saúde, deve-se fazer uso da medicina atual, que é holística. A medicina holística é aquela que segue os princípios do holismo (do grego holos que significa inteiro ou todo). Ou seja: trata o ser humano como um todo, não através de uma visão fragmentada do real. A abordagem holística acredita que os elementos físico, emocional, mental e espiritual de cada pessoa, forma um sistema e objetiva tratar de toda a pessoa em seu contexto, concentrando-se tanto na causa da doença, como nos sintomas.
Dentro da medicina holística deve-se fazer uso da medicina tradicional, baseada em evidências, associado às medidas definidas como “alternativas”, mas que, na verdade, não deveriam estar vinculados aos sinônimos de: opcional, livre ou facultativo. Essas relações causa a falsa impressão de que medidas alternativas não são científicas e sem resultados potentes. Dependendo delas, as terapias alternativas ou complementares podem conferir efeitos até mais potentes que medicações, faltando talvez, investimentos de empresas para incentivo de estudos com essas técnicas.
Entre as terapias alternativas temos: exercícios físicos, meditação, cromoterapia, musicoterapia, fitoterapia, ayuverda, entre outros.
O QUE É MÚSICA?
Os sons são ondas produzidas pela vibração de um corpo qualquer, transmitida por um meio (gasoso, sólido ou líquido), por meio de propagação de frequências regulares ou não, que são captadas pelos nossos ouvidos e interpretadas pelos nossos cérebros. Ou seja, para a percepção do som é necessário essencialmente do funcionamento neurológico da mente humana.
Os elementos formais são características próprias que dão forma à música, percebidas pelos nossos ouvidos. Ou seja, não somente os neurônios participam da percepção do som e da música, mas de outro órgão chamado ouvido.
São cinco os elementos formadores do som, e é articulando esses cinco elementos que se criam músicas: timbre, duração, altura, densidade e intensidade. Se você acha que isso já está complicando, o som na finalidade de formar a música, ainda é caracterizado pela harmonia, melodia e ritmo.
A música é muito mais que um apanhado de sons, ela é uma parte integrante da humanidade, que nos absorve e provoca emoções intensas. É encontrada em todas as culturas, desde grandes sociedades até tribos bem pequenas, e em todos os tempos. Ela contém algo universal na variedade de melodias, temas e ritmos.
MUSICOTERAPIA (MUSICA + SAÚDE)
O uso de música para cura é algo antigo. Já documentado desde a época da Grécia, onde acreditava-se que na sua mitologia, o Deus Apolo utilizava a música para curar os enfermos.
Pesquisas atuais da neurologia indicam que ela está interligada ao nosso bem-estar, incentivando a criatividade, aguçando sentidos, melhorando as relações de grupo e induzindo a redução de estresse, além de nos confortar em momentos de dificuldade.
Outro estudo observou a atividade cerebral associado ao estímulo musical, veja no que deu:
A primeira figura e menos colorida é a atividade cerebral em repouso e a segunda figura, o mesmo cérebro com estímulo musical. Nesse mesmo estudo se observava a expressão facial após estímulo de diferentes músicas mostrando que a mesma não causa apenas estímulos neurológicos, mas também trans-modal (várias modalidades), como humor, músculos, sensorial, etc..
Em estudo de metanálise (que calcula estatisticamente os resultados de todos os estudos publicados e sua significância), foi evidenciado que a música reduz significativamente os índices de ansiedade, estresse, dor, melhora o condicionamento físico e os padrões cardiorrespiratórios, bem como minimizou a depressão e potencializou o desenvolvimento humano. Desse modo, a música se mostra um importante instrumento para saúde coletiva, por ser capaz de auxiliar no processo de saúde-doença.
Os resultados obtidos com o poder musical depende do tipo da música, e que, de forma geral, se dá:
Estímulo Intelectual – Música com sopros
Estímulo Emocional - Música com Corda e teclados
Estímulo Motriz - Música com Percussão
Estímulo Instintivo - Música com sons Metálicos (ex. sinos)
Estímulo Sexual - Música com Vozes, Coral, Mantras
Não sendo suficiente, em geral, as músicas se apresentam com sons misturados, sendo sua interpretação sofrendo participação de diferentes áreas cerebrais:
Benefícios à saúde conferidos pela música (depende do tipo musical):
Bem-estar e felicidade
Melhor humor
Redução da ansiedade, estresse
Melhora da dor
Aumento da atenção e concentração
Desenvolvimento da criatividade
Estímulo da motivação
Aumento da socialização
Auxilia na mentalização
MÚSICA NA OBESIDADE = FAÇA UMA DIETA REGULAR DE MÚSICA
Além do contexto de saúde como um estado geral de harmonia, onde entra o controle de peso e tratamento de obesidade com a utilização da música?
Em muitos aspectos! Se o seu interesse é promover perda de peso como principal objetivo de saúde, e se você ainda não utiliza a música, não está conduzindo bem essa situação!
Música para exercícios
A música, mais agitada, estimula a atenção e disposição do corpo para prática de exercícios físicos. Portanto, se você está sedentário e se sente desmotivado para realização de exercícios físicos, tente ouvir músicas mais animadas (dentro do seu gosto: rock, pop..), e observe os efeitos da mesma sobre sua motivação. Parece um comportamento óbvio, mas muitos não atentam que isso é uma estratégia conferida pelos poderes cerebrais da música.
Música para binge, ansiedade e depressão
Outra relação da música como ferramenta para perda de peso é sua utilização para harmonização dos distúrbios mentais como ansiedade e depressão, que levam ao ganho de peso como sua consequência, ou transtornos relacionados ao alimento, como a compulsão, síndrome do comer noturno e outros. O uso de músicas mais calmas, levam ao equilíbrio emocional e diminuem os impulsos neuronais relacionados ao comportamento inadequado.
Por hoje é isso, leitores!
Muito Obrigada, Mil Beijos e Fiquem em Paz
Dra. Lia Lima
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Referencias:
MATOSO, Leonardo Magela Lopes; DE OLIVEIRA, Agostinha Mafalda Barra. O EFEITO DA MÚSICA NA SAÚDE HUMANA: BASE E EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS. Ciência & Desenvolvimento-Revista Eletrônica da FAINOR, v. 10, n. 2, 2017.
Carvalho de Mattos, Sandra, Música: Transformando coração e mente. RAE - Revista de Administração de Empresas [en linea] 2016, 56 (Septiembre-Octubre) : [Fecha de consulta: 8 de noviembre de 2017] Disponible en:<http://sociales.redalyc.org/articulo.oa?id=155147928011> ISSN 0034-7590
RODRIGUES, Brenda; ISAAC, Richard. A influência da música nos métodos de cura da atualidade. Integratio, v. 2, n. 2, p. 61-64, 2016.
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