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Obesidade Infantil: A Genética e o Meio Ambiente- Com Dra. Lia Lima



Hoje compareci, pelo 3o terceiro ano consecutivo, ao 13o Simpósio de Síndrome Metabólica da HC-USP de 2018.


Essa reunião ocorre sempre durante um sábado inteiro para atualização no assunto, voltado para todas as profissões atuantes nessa doença.


Resolvi deixar meu aprendizado registrado, pois assim eu posso dividir o conhecimento e passa-lo adiante, que é o maior propósito desse blog. O tema da postagem de hoje será sobre a Aula ministrada pela Pediatra Ana Escobar: Obesidade na Infância


Obesidade na Infância:


Parece um assunto bobinho e já batido.. peço que tente ler até o fim dessa postagem para aprender novas informações e ainda refletir sobe o mesmo.


Os primeiros 1000 dias de vida do recém-nascido é conhecido como o período de ouro, pois é o momento de maior estruturação do corpo humano.

Esse período é completo com os primeiros 270 dias intrauterinos somados aos 365 dias do primeiro ano e aos 365 dias do segundo ano. Essa estruturação pode ser voltada para formação da obesidade.


Como ocorre a formação de bebes obesos na infância?


Como isso ocorre é o que vamos ver adiante.


Durante a primeira guerra mundial as gestantes holandesas foram perseguidas e sofreram privação alimentar, assim, seus bebes nasceram de baixo peso. Essas crianças foram acompanhadas e foi observado que as mesmas, na fase adulta apresentaram obesidade e síndrome metabólica.


Ok, você esqueceu o que é síndrome metabólica?

Então veja abaixo os critérios diagnósticos abaixo:


Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:

  • Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;

  • Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica > 130 e/ou pressão arterial diastólica > 85 mmHg;

  • Glicemia alterada (glicemia >110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;

  • Triglicerídeos > 150 mg/dl;

  • HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e <50 mg/dl em mulheres.


Essas pessoas têm maiores chances de apresentar doenças cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico.


Então vamos voltar a história...


Após a constatação de que mães gestantes que apresentam nenéns de baixo peso e que esses nenéns costumam apresentar obesidade na fase adulta que se criou a teoria de que o corpo, mesmo dentro do útero, desenvolveria um comportamento de adaptação ao meio ambiente que prometeria ser de falta de alimentos.

Assim, o corpo se desenvolve dentro de uma condição “poupadora de alimentos”.

Dessa forma, se o meio ambiente oferecer poucos alimentos, ele sobrevive.

Mas se por algum acaso, o ambiente prover muitos alimentos somado a condição poupadora gerada no organismo, dá na obesidade!


Outra observação importante que não é só o que a gestante come, mas também o peso que a gestante nasceu que influencia no biótipo do recém-nascido.


Mães que foram grandes (GIG Grande para Idade Gestacional) ao nascer têm 2,6X maiores chances de terem bebes GIG. Essa relação é conhecida como o ciclo Inter geracional da obesidade.

E ainda: Uma mão obesa pode passar essa informação por até três gerações.


Então podemos concluir, conforme as palavras da palestrante:

Não somos o que comemos, mas sim o que comemos, somado ao que nossos pais comeram e nossos avos também comeram.


Essa conclusão atenta a importância de que uma alimentação saudável na atualidade pode contribuir em três gerações seguintes.


Mesmo que haja esses fatores genéticos e “aparentemente” imutáveis, o que se acredita é que a condição genética parece influenciar apenas em 20% da formação do que somos e o ambiente que se convive responsável pelos 80% restantes.


Como comemos mal, mais e nos movemos menos, potencializa fortemente o fator ambiental para formação de pessoas obesas.


E por falar em “nos movemos menos”, o que fazer com as nossas crianças que a cada geração que passa são mais sedentárias?


Observamos cada vez mais crianças com atividade recreacional dirigidas por eletrônicos, entre eles tablets e celulares. Apesar de polêmico, o consenso para permissão de eletrônicos as nossas crianças são para aquelas acima de 12 anos.



Fica a isso tudo para se refletir...


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Referencias:

https://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/ BARKER, David JP. The origins of the developmental origins theory. Journal of internal medicine, v. 261, n. 5, p. 412-417, 2007.


MONTEIRO, Pedro Gonçalves. Impacto de intervenções focadas nos pais durante a gravidez e primeiros dois anos de vida da criança na incidência da obesidade infantil. 2017.

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Uma atuante no metabolismo funcional e low carb que tem o objetivo de utilizar e agregar a tecnologia como complemento do tratamento de pacientes com distúrbios metabólicos, prestar informações relevantes sobre as doenças metabólicas e propiciar um meio para compartilhamento de experiências no enfrentamento dessas doenças e incentiva-los na busca de qualidade de vida!

Dra Lia Lima

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