Bariátricos têm Dificuldade de Ingerir Proteínas. O que Fazer?
A dieta pós bariátrica pode trazer algumas dificuldades para o paciente durante a reintrodução de alguns alimentos e, em especial para as mulheres, a PROTEÍNA.
A Proteína, juntamente com as gorduras e os carboidratos, compõe o grupo dos macronutrientes, ou seja, nutrientes necessários diariamente e em grande quantidade ao nosso organismo, que constituem a maior parte na dieta e fornecem energia e componentes fundamentais para o crescimento e manutenção do corpo.
No caso da Proteína ela também é denominada de nutriente construtor, pois faz parte da maioria dos processos de construção e regeneração de peles e tecidos, incluindo cicatrização e formação de massa muscular, dois itens importantíssimos no processo pós cirúrgico, por isso sua ingestão é tão fundamental nessa e nas próximas etapas do procedimento bariátrico.
As suas fontes podem ser encontradas em ampla variedade de alimentos de origem tanto animal quanto vegetal. As carnes, peixes, frangos, ovos, o leite e derivados, em geral são fontes mais completas. Já entre os vegetais, as principais fontes são os grãos de leguminosas como os feijões, ervilha, lentilha, soja e o grão-de-bico e também alguns cereais como a quinoa e o amaranto, por exemplo
Embora suas fontes sejam vastas são justamente esses tipos de alimentos que encontram mais resistência durante e reintrodução e evolução da dieta, seja pela dificuldade de mastigação (principalmente em relação às carnes), pela diminuição do ácido clorídrico e de enzimas que auxiliam a sua digestão ou pela saciedade que esse macronutriente produz, sendo, eventualmente, necessário inclusive uma suplementação assistida de módulos de proteicos para suprir as necessidades do organismo, e cada caso deve ser avaliado individualmente quanto a isso.
Com uma demanda aumentada e um consumo muito baixo, a inadequação de proteína pode causar vários problemas, destacando-se a perda excessiva de massa magra, com perda também da capacidade funcional muscular, a chamada sarcopenia, queda de cabelo, enfraquecimento de unhas, sensação de fraqueza e redução da imunidade. Alguns estudos sugerem inclusive uma relação importante entre o consumo adequado de proteína com o aumento da saciedade e menor risco de recidiva da obesidade.
Sendo assim, estimular seu consumo é de extrema importância para o sucesso do tratamento e abaixo seguem algumas dicas práticas para manter a proteína em dia, de acordo com a Nutricionista Débora Capelli:
· Inicie as refeições sempre pela proteína. Assim, se ficar saciado, já vai ter ingerido o mínimo necessário;
· Tente incluir um ovo mexido ou cozido no café da manhã ou lanches intermediários;
· Procure os iogurtes com maior teor proteico;
· Acrescente queijos não tão amarelos em algumas preparações como carnes e omeletes;
· Substitua o arroz pela quinoa algumas vezes na semana, pois ela tem um teor maior de proteína;
· À medida que dieta permitir adicione mais grãos como ervilha, lentilha e grão de bico a rotina alimentar;
· Prefira carnes moídas ou desfiadas para facilitar a mastigação e o processo de digestão;
· Mantenha o acompanhamento com seu nutricionista para avaliar e ajustar uma suplementação proteica se necessária.
Espero que tenha gostado dessa postagem! Não deixe de conhecer nossa Equipe de Bariátrica pelo Contato 11 - 975779922